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Mostrando postagens de 2013

Ao Anjo

Quarto Bendito daquele que te deixou escapar dos céus Deve este maldizer, a contar dias da sua ausência Falta fará lá como fazes a mim esse doce sorriso? Esse olhar que me faz perguntar se pro céu me levas  Ou pro inferno de me pecado me deixarás? Este corpo! Ah! Este corpo que pulsa como parte do meu próprio Não me parece tão angelical em meio aos nosso suores Nem os sussurros, nem os gemidos Tampouco as mãos brincalhonas que me exploram... Não fosse por seu coração poderia duvidar de sua origem divina Está certamente acima do céu e do inferno o que me desperta.                                                                                                             Dizzara Bom, certamente não sou deitada a fazer poesias, e o Blog tem tido um gosto racional, no entanto há exceções. Esta por exemplo, sonhei com essas palavras, há uns dois meses, acordei de madrugada comecei a escrever, pela manhã na Universidade terminei,  o nome a posteriori , uma in

O Corpo II - Que canta e dança

      Pelo visto estou em onda de fazer posts seriais, mas assuntos me chamam a atenção serialmente, e postar no mesmo dia duas vezes é pra compensar um dos posts que desgostei ... Expostas as armadilhas da postagem vamos ao assunto que tá me enchendo a timeline e paciência: Miley Cyrus VMA : Aos comentários que já li: - Está com a bunda mole - Em decadência - Age que nem um prostituta      Qualquer um deles é apenas o reflexo de uma sociedade que é capaz de se mobilizar em prol da defesa de "moral e bons costumes", mas não se assusta enquanto crianças morrem sufocadas com armas biológicas . Veja bem, não se trata de um juízo de valor dos que discursam, mas uma análise desconstrutiva do que a sociedade, hipócrita, que tem se preocupado exacerbadamente com futilidades.       Dando continuidade ao pensamento da parte I , o corpo pertence à Cyrus, ali não se viu nudez, mas gestos que incitavam a prática do sexo, blog e notícias descrevem a imagem da forma mais degr

Conto Parte IV - Mudanças

       Viajou. No aeroporto um cavalheiro segurava o nome da agência em um A4. Não se lembrava como ali fazia frio, não mais frio de onde tivera o primeiro encontro com Ele...estava ela novamente se deixando levar pelas lembranças Dele, e de quando estavam juntos. Ajeitou suas malas,  e entrou no carro com seus colegas.        Olhando pela janela pôde ver que a cidade parecia morta, seus prédios eram frios, tornavam a cidade menos humana, em pleno meio-dia quem caminhava pelas ruas certamente estavam trabalhando, correndo com seu almoço para voltar a tempo de adiantar o serviço ou de tirar um cochilo.        Voltou seus olhos para os integrantes do carro, seus colegas formavam certamente um belo casal, viviam um romance as escondidas, ela sempre fizera vistas grossas a esse tipo de relação, mas notara desde o primeiro dia em que contratou o jovem , as olhadas rápidas, tímidas, depois piscadelas, toques breves entre ele e quem considerava a sua mais fiel funcionária. Não sabia explica

O Corpo

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Dando uma pausa no conto. Queria tratar de algo que tem me inquietado: corpos.       Quem  já teve a oportunidade de entrar nessa assunto comigo sabe que sou àquela que se incomoda com os tabus que giram em torno do que é natural, falo exatamente da imagem, dos corpos, da estigmatização do pecado na nudez, quando que nossos corpos não passam de uma arte divina.        Oras, quanto medo, terror em torno dos genitais, quanta repulsa e quanta opressão, são corpos, são para ser amados, sobretudo por si. Não são apenas reprodutores, ou objetos para modelação segundo o padrão da sociedade, seu corpo é você, sua identidade, é o seu " sim", é o seu "não".         Neste ponto - e não direi que em 100% ,pois não conheço todas as causas - sou completamente a favor da Marcha das Vadias. Uma mulher sair semi-nua ou nua dizendo  "este é o meu corpo" é a mensagem mais significativa que uma mulher pode passar nos temos de hoje.         Mulheres, minhas amadas,

Conto Parte III - Negócios

    Antes que decidisse o que faria daquele pedaço de papel, alguém bateu em sua porta. Rapidamente pôs se de pé, puxou a carta e a corrente para dentro de uma gaveta, não gostava que as pessoas se envolvessem ou especulassem sobre seus sentimentos, por isso vivia sozinha por tanto tempo, desde que seus pais faleceram.     Verificou se estava vestida com as roupas que mantinham sua imagem impecável de mulher de negócios, dura com seus funcionários, dura consigo, e caminhou até a porta. O coração acelerava a cada passo, poderia ser ele? Bateram mais um vez na porta. Não, a batida era suave, ele tinha uma batida firme, forte.       Ela acertou, abriu a porta e diante dela estava o porteiro, melhor amigo desde que se mudara para aquele prédio, pessoa com que mais mantinha o mais próximo de um contato pessoal, sobre o tempo... choveria aquele dia? Sobre como a vida passava rápida nos dias de hoje...      Trazia contigo as contas do mês e talvez um pouco de carência, uma imensa vontade d

Conto Parte II - A Carta

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   Esperou dias e noites com aquela corrente nas mãos. Por que ele voltara? Depois de tanto tempo... para tirar-lhe a paz, certamente. Nunca estivera contigo em seus momentos mais importantes, mais difíceis ou mais alegres, embora os mais alegres talvez ele fosse a principal razão deles, mas, oras! Como chegara a esta conclusão tola?!    Arrastou a cadeira, pôs a corrente do lado e começou a escrever um carta, que certamente jamais enviaria: Querido, Prezado, Meu caro, Com que direito vem tomar posse de mim? Por muitos anos vivi muito bem sem ti, mas agora não sai dos meus pensamentos, nem dos meus lábios. Sua eterna promessa de volta em todos esses anos me aflige, me escraviza. Adoça meu coração com promessas vazias, depois parte fazendo me sentir uma serviçal de seu ego. Com que direito faz me sonhar com um futuro que seremos uma só poesia? Se não pode dedicar me um só verso em seu tempo... ah o tempo, precioso tempo que me acusa de roubar, quando o que apenas quero é uma pal

Conto Parte I - A Corrente

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Ela não viu ele se aproximar, mas estava segura pelo seu toque quente, mais uma vez em seu abraço. Sussurrou: - És minha. Sei, como teu pulso acelera, tua respiração arqueja, teu corpo treme. Tua pele e a minha se tornam juntas uma só poesia... Quando fechou os os olhos, ficou frio novamente, percebeu que ele não estava mais lá. Teria sonhado? Certamente não. Estava sobre a mesa a corrente que trazia em seu peito, um dia retornaria... (Arte de Chairim.com.br - Caravaggio)

Manifestando-se

Atenção esse post apresenta opiniões pessoais, portanto abertas a discussão, bem como os anteriores      À esta altura do campeonato está claro que não são por centavos. É por Justiça , Segurança, Educação, Transporte, Saúde bem investidos, o estádio e o aumento da passagem são o estopim. Até aqui nada de novo.       O debate tem fervido quanto a violência, a Polícia Militar, o que será feito depois, os partidos e suas bandeiras, pois bem digo-lhes, está na hora de sentar e colocar em pratos limpos que não há consenso, não haverá, mas deve existir respeito, um ponto para diminuição de conflitos internos...       Não há sentido em destruir patrimônio histórico, afinal, ele nos pertence, e não ao Governo, devemos tomar posse dele , cuidando-o certo? Mas não há porque não usar de ovos ou vaias, de nada adiantará jogar pedras na  Polícia, acredite, balas de borracha é o mínimo que eles podem oferecer, não existe um foco nessa troca de agressões, a PM, bem como o povo possuem o mesmo

Canção da Terra - O Teatro Mágico

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Tudo aconteceu num certo dia Hora de ave maria o universo vi gerar No princípio o verbo se fez fogo Nem atlas tinha o globo Mas tinha nome o lugar Era terra, terra E fez, o criador, a natureza Fez os campos e florestas Fez os bichos, fez o mar Fez por fim, então, a rebeldia Que nos dá a garantia Que nos leva a lutar Pela terra, terra Madre terra nossa esperança Onde a vida dá seus frutos O teu filho vem cantar Ser e ter o sonho por inteiro Ser sem-terra, ser guerreiro Com a missão de semear À terra, terra Mas apesar de tudo isso O latifúndio é feito um inço Que precisa acabar Romper as cercas da ignorância Que produz a intolerância Terra é de quem plantar À terra, terra

Para Posteridade

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      Escrevo. Na Angústia ou na Euforia. Na Alegria e na Solidão... corrigindo, aquele que escreve nunca está só, tem a companhia de seus pensamentos de suas palavras, talvez a Insegurança... isso Insegurança, talvez seja uma palavra mais adequada. A Insegurança dos dedos que se movem no teclado, tateando os pensamentos, em busca do sentimento certo, o pensamento certo, para que aqui seja tudo exprimido, para que aqui, o parágrafo, o discurso, seja seguro.      Ainda no devaneio de sonhos prossigo, na eterna renúncia e anunciação, quando ainda o passado bate a porta e traz rosas e espinhos, e percebe-se que há certos fatos na vida de que não adianta fugir, eles fazer parte de você, e por outro lado, pessoas as quais você sempre irá ao encontro. Se há anos não me preocupava mais com quem eu era, me pergunto hoje, até que ponto fatos e pessoas tornam quem eu sou? Seria a imagem que outros tem de mim, afinal de contas? Sou fruto da alteridade e ponto final? Ou ainda do julgamento prévio

Sob(re) Sonhos

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        Um Sonho e uma única Espada, talvez nisso não concorde com Kentaro Miura ao colocar essas palavras na boca do personagem Griffith do anime Berserk. Hoje vejo UM SONHO realizado, mas foram tantos outros abandonados que se existe uma frase do anime que me toca nesse momento é que “ mesmo abandonado por esse sonho ele ainda arderá no fundo do seu peito”, esses sonhos me afoguearam por quatro anos, por mais que tenham me abandonado, ou eu os tenha abandonado, o fato é que não existe uma única espada, por mais que a História hoje represente minha carreira, meus estudos e a representação do que muito sacrifiquei, me pergunto: mas e os outros sonhos, não maiores e nem menores uns que os outros mais todos gigantesco comparados a mim que foram feitos? Eles chiam, rasgam meu peito, clamam por atenção exatamente agora, se a História e minha história um dia os calou e agora como os fazer calar? E eu quero que calem?         São alguns deles a música, a dança, o cosplay, a escrita, q