Do que alimenta a alma?


Já acordou com a vontade de angustiar-se de porquês? De procurar todas as respostas da vida e não querer encontrar nada definitivo? De ler e reler tudo o que já passou pela sua vida pra se dar a oportunidade de enxergar sob nova ótica?

Estou assim.
A cada vez que aqui escrevo, estou assim.

A cada vez que volto aqui e leio, estou assim.


Na ânsia de tudo viver e tudo ver, mas não se sair por aí correndo e gritando meus eurekas, aquietar, sentar em um parque e ser uma telespectadora do mundo e das existências, rever, reinterpretar tudo com minha mente turbulenta, cheia de conceitos e simbolismos.

Em contrapartida tenho a imensa vontade de me ancorar, em um oceano profundo, que me alimente de suas imperfeições, que me deixe contempla-lo ao invés de estudá-lo, algo desconhecido que possa chamar de lar, sem a preocupação com as tempestades e altas marés, e que assim seja apenas um porto de paz, sem que eu necessite me despir de todas essas máscaras em troca de apenas tê-lo.


Minha alma tem se alimentado incessantemente disso, que é só uma ideia, uma forte ideia, que tira meu sono por tamanha utopia, mas me devolve meus sonhos por tamanho desejo. Todo esse amor, todas essas histórias, todo o potencial que vive em cada indivíduo que faz dele um universo, toda essa adrenalina que envolve as interações sociais... minha alma se alimenta de gente, mas já não sei se me alimenta ou me consome...


 ___|Ao som de : Genius Rock Opera - Dreams
___|Imagem:  Abaporu [1928] - Tarsila do Amaral





Comentários