Educação 1
Ontem, na aula de Sociedade, cultura e educação, em que aconteceu uma discussão à respeito da Educação igual e direito de todos e a prática controversa de papel segregador, achei interessante colocar alguma reflexão sobre o tema aqui no Blog.
Na Constituição é garantido a gratuidade e acesso à Educação de maneira igualitária (a tal história de que perante Deus e perante a Lei somos iguais...), no entanto a escola, os professores e nós futuros professores não estamos preparados para enfrentar as diferenças dentro de sala de aula e o problema se agrava quando essas diferenças são na verdade deficiências que alunos possuem, desde à deficiência física à de aprendizado.
Enquanto que hoje em dia os cursos de licenciatura possuem a matéria de Libras, ainda assim, não é o suficiente para todos os tipos de aluno, será que teríamos que aprender Braile, fazer provas orais para alunos com disortografia e outras para alunos disléxicos? Seria o ideal se fossem os problemas cognitivos de aprendizado tão poucos.
Há ainda o multiculturalismo dentro das salas de aula, para resolver a questão dos afrodescendentes, por exemplo, hoje nós do Curso de História aprendemos sobre História da África no intuito de futuramente instruir os alunos quanto ao ponto de vista não-europeu sobre o continente, e por mais que estejamos cientes da obrigatoriedade do ensino da cultura Afro nas Escolas, na prática o cenário é bem diferente. A realidade é que graças à uma idéia já distorcida e impregnada na educação dos nossos pais e avós , aquele professor que tenta desconstruir o preconceito contra africanos é taxado de subvertor das regras morais, parece ser comum escutar
"esse professor está ensinando macumba aos nossos filhos!".
Há ainda a questão indígena,nessa mesma Lei, institui-se a obrigatoriedade do ensino da cultura indígena, eles possuem uma contribuição sanguínea e, acima de tudo, cultural tão importante quanto europeus e africanos, mas mesmo assim a cultura indígena não passa próximo a ser uma matéria ensinada sequer nas Universidades. São diversas outras culturas também que poderiam ter essa obrigatoriedade que na prática são igualmente ignoradas.
Minha pergunta no final daquela aula foi a seguinte: "se exportamos as políticas educacionais da Europa, e até mesmo os métodos de ensino, desde que o Brasil começa a investir na Educação, atualmente não temos nada para exportar que possa nos ajudar a lidar com essa multiculturalidade dentro das escolas?"
A resposta do Prof. José Maria a simples realidade revoltante, longe , bem longe da perfeição: "Mas há escolas voltadas para isso no Brasil, em Brasília mesmo há uma escola multilíngue, por exemplo, para estudar lá você paga a bagatela de 2.000 reais.". E esse é o caso de escolas especiais para deficientes, são caras, e as que estão nas mãos do Governo, pior do que as própria municipais/estaduais se encontram em situação precária. Será mesmo que seja quem for que precise de um ensino diferenciado deverá ter que págar tão caro pra isso? E depois dizem que Educação é direito de todos e completo "direito de todos que podem pagar".
Na Constituição é garantido a gratuidade e acesso à Educação de maneira igualitária (a tal história de que perante Deus e perante a Lei somos iguais...), no entanto a escola, os professores e nós futuros professores não estamos preparados para enfrentar as diferenças dentro de sala de aula e o problema se agrava quando essas diferenças são na verdade deficiências que alunos possuem, desde à deficiência física à de aprendizado.
Enquanto que hoje em dia os cursos de licenciatura possuem a matéria de Libras, ainda assim, não é o suficiente para todos os tipos de aluno, será que teríamos que aprender Braile, fazer provas orais para alunos com disortografia e outras para alunos disléxicos? Seria o ideal se fossem os problemas cognitivos de aprendizado tão poucos.
Há ainda o multiculturalismo dentro das salas de aula, para resolver a questão dos afrodescendentes, por exemplo, hoje nós do Curso de História aprendemos sobre História da África no intuito de futuramente instruir os alunos quanto ao ponto de vista não-europeu sobre o continente, e por mais que estejamos cientes da obrigatoriedade do ensino da cultura Afro nas Escolas, na prática o cenário é bem diferente. A realidade é que graças à uma idéia já distorcida e impregnada na educação dos nossos pais e avós , aquele professor que tenta desconstruir o preconceito contra africanos é taxado de subvertor das regras morais, parece ser comum escutar
"esse professor está ensinando macumba aos nossos filhos!".
Há ainda a questão indígena,nessa mesma Lei, institui-se a obrigatoriedade do ensino da cultura indígena, eles possuem uma contribuição sanguínea e, acima de tudo, cultural tão importante quanto europeus e africanos, mas mesmo assim a cultura indígena não passa próximo a ser uma matéria ensinada sequer nas Universidades. São diversas outras culturas também que poderiam ter essa obrigatoriedade que na prática são igualmente ignoradas.
Minha pergunta no final daquela aula foi a seguinte: "se exportamos as políticas educacionais da Europa, e até mesmo os métodos de ensino, desde que o Brasil começa a investir na Educação, atualmente não temos nada para exportar que possa nos ajudar a lidar com essa multiculturalidade dentro das escolas?"
A resposta do Prof. José Maria a simples realidade revoltante, longe , bem longe da perfeição: "Mas há escolas voltadas para isso no Brasil, em Brasília mesmo há uma escola multilíngue, por exemplo, para estudar lá você paga a bagatela de 2.000 reais.". E esse é o caso de escolas especiais para deficientes, são caras, e as que estão nas mãos do Governo, pior do que as própria municipais/estaduais se encontram em situação precária. Será mesmo que seja quem for que precise de um ensino diferenciado deverá ter que págar tão caro pra isso? E depois dizem que Educação é direito de todos e completo "direito de todos que podem pagar".
Comentários